Diversas tecnologias estão sendo utilizadas mundo afora para combater a pandemia da Covid-19. Algumas delas ainda são novas e restritas a determinados países, mas estão em fase acelerada de testes. No mundo, são mais de 650 estudos cadastrados, entre eles 120 são para desenvolvimento de vacinas. Por aqui, cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e nitazoxanida têm tomado o noticiário nacional como ferramenta da virada de combate ao novo coronavírus.
O Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia recebeu para a LiveINAFF #2 especialistas para discutir potenciais tecnologias para tratamento da Covid-19. O encontro contou com a participação de Dr. Gúbio Soares, virologista e pesquisador do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia, Dra. Rachel Riera, professora de Medicina Baseada em Evidências da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo e coordenadora do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde do Hospital Sírio Libanês. Também participaram de nossa Live o Dr. Valderilio Feijó, professor e pesquisador de reumatologia do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná e André Ballalai, com moderação do Professor Lindemberg Assunção Costa, da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia e fundador do INAFF.
Foram cogitados cloroquina, ou hidroxicloroquina, tocilizumabe, remdesivir, terapia de coquetel, terapêutica com RNAi, favipiravir, arbidol, lopinavir-ritonavir, WP1122, Ivermectina, entre outras tecnologias da saúde que estão em plena fase de desenvolvimento. Outras farmacêuticas, como a Eli Lilly, têm recuado em outros testes clínicos para focar esforços em pesquisas do Covid-19.
Levantamento encomendado pela Associação Médica Americana, publicado na JAMA, identificou 350 testes clínicos relacionados ao novo coronavírus, destes 109 foram consideradas iniciativas sólidas para avaliação e nenhum medicamento apresentou eficácia comprovada contra Covid-19.
Os medicamentos atualmente aprovados pela Anvisa são voltados ao tratamento de sintomas da Covid-19 e das infecções associadas, caso ocorram. Publicou a RDC 348/2020, que flexibiliza as provas necessárias para aprovação de medicamentos e vacinas, e têm acompanhado pesquisas clínicas desenvolvidas nos EUA, china, Japão, Coreia do Sul, Itália, entre outros.
No geral, existe uma lacuna de informações quanto à eficácia desses medicamentos, que demandam testes e análises com uma quantidade maior de pacientes.